São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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Temas atuais Quando não está gravando seu programa de entrevistas, Jô Soares tem aproveitado para mergulhar no século 19. Já leu 60 livros sobre o império e os costumes da época. A pesquisa serve de base a um romance que está escrevendo. O enredo parte de uma apresentação que Sara Berhardt fez no Brasil em 1886, passa pelo roubo de um violino Stradvarius e envolve até o detetive Sherlock Holmes. Ao ler sobre a política daqueles tempos, o humorista tem se espantado com a atualidade de certos fatos, que se perpetuam ainda hoje. Um dos casos mais espetaculares, conta, é o de um imposto criado em 1854 especialmente para tentar resolver o problema de abastecimento de água da cidade do Rio -uma espécie de Fundo Social de Emergência da época. Para evitar a malversação dos fundos, as autoridades trancaram o dinheiro em um imenso baú com três fechaduras. Prudentemente, entregaram uma chave ao prefeito, outra ao presidente da Câmara Municipal e a terceira ao bispo. Não se sabe como, mas mesmo assim, a verba desapareceu. Texto Anterior: Olho gordo; Em casa; Controle centralizado; Costura difícil; Por enquanto; Sorriso amarelo; Gueto; Nos Pampas; Protesto do vernáculo Próximo Texto: Três vícios de comportamento Índice |
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