São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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'Treinamento radical' ganha mais adeptos
LUÍS PEREZ
Parece gincana de festa junina, mas não é. Trata-se de um dos cerca de 15 exercícios do Teal (Treinamento Experiencial ao Ar Livre), que chegou dos EUA através da Dinsmore Associates. O ``treinamento radical" -um deleite para os adeptos de esportes radicais- tem obtido melhores resultados que os ``treinamentos convencionais" (compare os resultados no quadro ao lado). Para dar mais suporte emocional e aperfeiçoar o desempenho dos trabalhadores, aderiram à técnica empresas como Shell, GM do Brasil, Amil, Itaú, Golden Cross, Johnson & Johnson e Correios. Tadeu Ferreira de Faria, 40, gerente dos Correios, passou por esse tipo de treinamento. Segundo ele, ``ajuda a superar desafios no trabalho do dia-a-dia". ``Mostra que muitos líderes se omitem na tomada de decisões. O pior momento desse exercício é pular, instante em que você está assumindo uma posição." O constante apoio dos colegas -os chamados ``anjos da guarda"- ajudam ainda a exercitar o trabalho em equipe. ``Tenho que confiar nas pessoas que trabalham comigo para me sentir seguro", resume Ennio Piras Jr., 40, subgerente de manutenção dos Correios. O presidente da Dinsmore, Paul Campbell, defende a tese de que ``o corpo tem memória". Ou seja, é preciso criar situações lúdicas, como o Teal, que tirem os participantes de sua acomodação. Nem todos aceitam os exercícios de imediato. ``As empresas mais tradicionais resistem, olham com estranheza um executivo se pendurar em um toco de madeira", conta José Carlos Moretti, 39, assessor de RH (recursos humanos) da Johnson & Johnson. Segundo ele, porém, o ``fracasso" em um dos exercícios não tem relação direta com o desempenho no trabalho. ``É preciso trabalhar os porquês desse momento de `fracasso' e conhecer seus limites." O Teal não é um treinamento exclusivo para executivos (leia depoimentos abaixo). Na GM do Brasil, por exemplo, diretores vêm testando o método -só que nos Estados Unidos . No Brasil, alguns operários também participaram do ``treinamento radical". Próximo Texto: Método não condena fracasso Índice |
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