São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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A arte do coração
INÁCIO ARAUJO A riqueza do cinema italiano após o final da Segunda Guerra Mundial é tão vasta que tendemos a deixar na galeria dos cineastas menores nomes como o do diretor Luigi Comencini. Às vezes, é verdade. Outras (ver ``Quando o Amor É Cruel"), nem de longe. Em ``Cuore - Lembranças do Coração", temos quase um momento de resistência: em um cinema decadente, este filme feito para a TV começa por reivindicar sua dignidade. Depois, ao contar a história de um soldado que vai para a guerra, em 1915, e voltar à sua infância, ao confrontar o presente de destruição ao passado, Comencini afirma sua grande arte: ao tomar a infância como o momento em que tudo se forma, une o doce e o amargo, a dor e o riso. É uma maneira não de se refugiar no passado, mas de encontrar as raízes da intolerância.(IA) CUORE - LEMBRANÇAS DO CORAÇÃO (Cuore). Itália, 1984, 148 min. Direção: Luigi Comencini. Com Laurent Malet. Legendado. Na Cultura. Texto Anterior: Um fascista no divã Próximo Texto: Censura divide o Congresso Índice |
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