São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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Hyundai Accent peca no acabamento
GRACILIANO TONI
Ele não tem, por exemplo, mecanismo elétrico para regulagem de espelhos, abertura de vidros e travamento das portas. Nos detalhes, percebe-se que o carro foi feito para faixa de mercado, no exterior, inferior à visada no Brasil. Nos EUA, o preço do Accent começa em US$ 8.000 -igual ao de um Corsa ``popular". Com ar-condicionado, direção hidráulica, som e câmbio automático, atinge US$ 10.700. Apesar do capricho no projeto -o motor usa três válvulas por cilindro, configuração mais eficiente que a de duas válvulas normalmente adotada- e do desempenho acima da média, o carro não convence como concorrente do Tempra -o preço de ambos é igual. Perde feio do modelo da Fiat em espaço, acesso, desempenho e conforto, mas vence caso comparadas a visibilidade e a facilidade de manobrar. Algumas soluções usadas no modelo mostram falta de cuidado. A tampa do teto solar, por exemplo, tem que ser retirada totalmente. Ela não fica embutida no revestimento do teto. Há problemas de localização de comandos e equipamentos. Não houve, aparentemente, o mesmo cuidado na ergonomia -estudo da adaptação da máquina à operação pelo homem- que na engenharia de motor e suspensões do Accent. É ruim também a localização da alavanca para subir e descer os vidros das janelas. Para usá-la, o motorista precisa deslocar o corpo. O motor, em compensação, vai bem em qualquer rotação. O carro tem boas acelerações e é rápido em ultrapassagens. Seu único defeito é ser barulhento. Quando se acelera a fundo (a 5.500 rpm ou mais) e se tira o pé do acelerador repentinamente, o ruído e a vibração incomodam. Em cidade, o carro é econômico, com média de 9,6 km por litro de gasolina. Estabilidade não é o forte do modelo. Apesar de suas suspensões absorverem muito bem as irregularidades do piso, o Accent tende a derrapar. Texto Anterior: Peugeot instala montadora no Equador; Chega ao país 1º lote do espanhol Cordoba; Ford investe em novas instalações de pesquisa; Mulheres compram um terço dos Gol produzidos; Mazda inaugura nova revenda em São Paulo; Dacon passa a vender modelos VW importados; Mercedes prepara sistema antimagnético; Novo presidente toma posse na Assobrav Próximo Texto: CBR 1.000F "ajuda" piloto nas frenagens Índice |
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