São Paulo, segunda-feira, 8 de maio de 1995
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A guerra que mais matou

DA REDAÇÃO

O mundo comemora hoje os 50 anos do fim na Europa da Segunda Guerra Mundial, a guerra que mais matou na história: cerca de 50 milhões de pessoas, a maioria civis.
Também foi o conflito que mais se espalhou pelo globo. Começou com a invasão da Polônia pela Alemanha, em setembro de 1939. Acabou seis anos depois, do outro lado do mundo, com o lançamento de duas bombas atômicas dos EUA sobre o Japão.
O número de soldados, marinheiros e aviadores mortos ficou em torno de 17 milhões. Ao contrário da Primeira Guerra (1914-18), houve mais mortes entre civis do que entre militares -estimadas entre 26 e 34 milhões.
O massacre industrial de milhões de judeus, ciganos e opositores do nazismo fez de seres humanos alvos do genocídio planejado por um Estado -a Alemanha de Hitler.
A Alemanha participou de coalizão com o Japão e a Itália -o Eixo-, combatida pelos países Aliados -EUA, União Soviética, Reino Unido e, entre outros, o Brasil. Na imaginação popular, vilões e heróis estavam bem definidos: os Aliados representavam o Bem; o Eixo era o Mal.
Para ambos, porém, populações urbanas foram consideradas alvo "legítimo de bombardeios. Varsóvia, Londres e Moscou foram atacadas por aviões alemães. As principais cidades alemãs foram alvo de ataques britânicos de noite e americanos de dia.
Ainda hoje, alemães hesitam em dizer se a vitória aliada representou uma "libertação do nazismo" ou uma "derrota para o país".
Vitorioso, o premiê britânico Winston Churchill, que julgava ter sido possível evitar o nazismo impedindo a Alemanha de se rearmar após a Primeira Guerra, usou uma palavra para definir a Segunda: "desnecessária".

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