São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995
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Em busca de apoio, presidente dá emprego a Márcia Kubitschek

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em busca de apoio, presidente dá emprego a Márcia Kubitschek
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai empregar mais um aliado que não conseguiu se reeleger no ano passado.
A ex-vice-governadora do Distrito Federal Márcia Kubitschek ganha esta semana um emprego no Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo.
Ela foi vice de Joaquim Roriz de 91 a 94 e está filiada ao PP. Vai ser a secretária-adjunta da Secretaria de Turismo do ministério.
A distribuição de cargos faz parte da articulação de FHC, que assumiu pessoalmente a tarefa de buscar votos para as reformas constitucionais, disposto a fazer concessões aos políticos aliados.
Desde a semana passada FHC promete a liberação de verbas e acelerou o preenchimento de cargos federais.
"O presidente tem que negociar, conversar, fazer uma negociação aqui e outra acolá", comemorou o líder do PMDB, Jáder Barbalho (PA), que reiterou seu apoio ao governo na saída de uma audiência com FHC, samana passada, no Palácio do Planalto.
Depois de acenar com a maior participação do PMDB no governo, determinar a liberação de mais R$ 50 milhões mensais para reforçar o caixa do Ministério dos Transportes (do peemedebista Odacir Klein), e até jantar duas vezes na noite de quarta-feira passada, FHC garantiu o apoio da maioria do partido.
"É evidente que liberar dinheiro para tapar buraco em estrada ajuda", diz Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), relator da emenda que quebra o monopólio nas telecomunicações e que ainda aguarda a nomeação de seu pai, Afrísio Vieira Lima, para a presidência da Companhia Docas da Bahia.
Para o líder do governo na Câmara, deputado Luiz Carlos Santos, FHC vai precisar negociar apoio a cada votação no Congresso, entre os sete partidos da base parlamentar governista (PMDB, PFL, PSDB, PPR, PTB, PL e PP). "O governo tem uma base parlamentar heterogênea, uma maioria instável, que precisa ser administrada."

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