São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995 |
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Metroviários fazem 1º paralisação desde 88
CLAUDIO AUGUSTO
A categoria tem organizado paralisações-relâmpago de 15 minutos, mas desde o governo Orestes Quércia (1987-1990) que não acontecia uma paralisação tradicional. O presidente do Metrô, Paulo Goldschmidt, disse que a greve dos metroviários tem razões políticas. ``Há uma onda de greves", disse. Segundo ele, o governo do Estado não pode oferecer mais do que 29,55% de reajuste salarial por causa da crise financeira que atinge São Paulo. ``A imprensa tem noticiado a situação em que se encontra o Estado", afirmou Goldschmidt. Até junho, o Metrô quer eliminar o subsídio à tarifa. Atualmente, o que a empresa arrecada com a venda de bilhetes cobre 95% de seus custos. ``Queremos empatar", disse o presidente. ``O sindicato sabe que não haverá demissões para isso", afirmou Goldschmidt. O Metrô vai deixar de arrecadar R$ 1 milhão em cada dia de greve. ``Se contarmos o prejuízo para a cidade, chegaríamos a uma cifra estratosférica", disse. TRT Para ele, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) deve julgar a greve dos metroviários o mais rapidamente possível. Depois da decisão do TRT, o Metrô vai definir se os grevistas serão ou não punidos. O tribunal ainda não marcou a data do julgamento. A direção do Metrô já adiantou que recorrerá da sentença, caso ela não seja favorável à empresa. Texto Anterior: Greves de metrô e trens atingem 3,5 milhões Próximo Texto: Rodoviários param no DF Índice |
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