São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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PC nega sociedade na Vasp

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O empresário Paulo César Farias afirmou à Agência Folha que não é sócio de Wagner Canhedo na Vasp.
Ele negou mais uma vez que tenha ligações com Canhedo, proprietário da companhia de aviação privatizada pelo governo paulista em 90.
``Não sou sócio do Canhedo", afirmou PC.
Alegando ter sido proibido, por seus advogados, de conceder entrevistas, o empresário afirmou que não poderia comentar em detalhes a reportagem publicada pela Folha anteontem.
A reportagem mostra, por meio de documentos obtidos pela Folha, que PC Farias teria contraído um empréstimo de R$ 5 milhões junto ao Citibank em 10 de setembro de 1990.
No mesmo dia, o empresário teria repassado R$ 4,3 milhões para a conta da Expresso Brasília, empresa de Canhedo.
No dia seguinte, Canhedo pagou a primeira parcela pela compra da Vasp, em valor idêntico ao repassado por PC à conta da Expresso Brasília.
PC atribuiu as novas denúncias contra ele ao que chama de ``hábito nacional" de lhe imputarem envolvimento em casos que ele não teria participado.
``Agora me arranjaram uma sociedade na Vasp e me tratam como um milionário que tem títulos da dívida externa brasileira", reclamou PC, segundo seu secretário particular Flávio Almeida.
``É um falta do que fazer dessas pessoas", também teria dito, segundo Almeida.
Almeida disse que PC está ``ansioso" para deixar a sala do Corpo de Bombeiros de Maceió, onde cumpre pena.
PC foi condenado no final do ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e quatro meses de prisão por crime de falsidade ideológica.
A ansiedade de PC tem se convertido em crises nervosas.
A Agência Folha apurou que toda vez que se irrita, como aconteceu com a prisão de Jorge Bandeira, seu sócio na empresa de táxi aéreo Brasil Jet, PC dá murros na mesa de sua cela.

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