São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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FHC quer 'diálogo franco' com Congresso

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso adotou ontem a política do ``varejo" para tentar preservar a base parlamentar de apoio ao governo. Ele aproveitou duas cerimônias com a presença de parlamentares para elogiar a atuação do Congresso.
FHC transformou a sanção de seis projetos de lei numa solenidade com a presença do governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), e de deputados e senadores do Estado.
Parte dos projetos sancionados é de iniciativa do Congresso. Nenhum deles têm impacto significativo. Um substitui a palavra ``jurisdição" por ``circunscrição" no texto do artigo 4º do Código do Processo Penal.
Apenas a sanção de um projeto interessava à bancada do Estado: a transferência da fazenda ``Juremal" -com 1 milhão de metros quadrados- à prefeitura de São Paulo do Potengi (RN).
``Cada um de nós aqui pertence a partidos diferentes, o que não tem impedido em nenhum momento que nós nos unamos em defesa dos interesses do Brasil e do nosso povo", disse aos parlamentares do Rio Grande do Norte.
Fernando Henrique defendeu a ampliação do ``diálogo franco" entre governo e Congresso.
``Temos de fazer um esforço para evitar erros de apreciação (no Congresso) e de execução (no governo). O único caminho é o diálogo, o debate muito franco", disse o presidente.
Mercosul
FHC participou também da abertura de seminário sobre Mercosul com parlamentares das regiões Norte e Nordeste.
O seminário, realizado no Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), foi organizado pelo vice-presidente, Marco Maciel, para discutir a integração das regiões Norte e Nordeste ao projeto do Mercosul.
Nas últimas duas semanas, Fernando Henrique vem fazendo pessoalmente a articulação com os parlamentares que integram a base de apoio do governo para assegurar a aprovação das emendas constitucionais. Na semana passada, contornou crise com o PMDB e assegurou a adesão do PPR.

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