São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Rodoviários voltam ao trabalho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA AGÊNCIA FOLHA

Os rodoviários do Distrito Federal voltaram ao trabalho ontem depois de 38 horas de paralisação. Eles aceitaram a proposta das empresas de reajuste de 42,3% -o IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor-real) acumulado desde julho de 94 mais 9,89% de ganho real.
O fim da greve foi decidido nas assembléias realizadas pela manhã. Os trabalhadores evitaram a instauração do dissídio coletivo (processo que é decidido nos tribunais da Justiça do Trabalho).
Eles temiam que a sentença pudesse ser favorável aos donos das empresas de transportes. A atual lei salarial determina o reajuste pelo IPC-r acumulado e livre negociação para quem ganha acima de seis salários mínimos (R$ 600).
A categoria reivindicava um aumento de 72% (R$ 635 para motoristas e R$ 356 para cobradores). Com o reajuste concedidos, os salários serão de R$ 501 para motoristas e R$ 397 para cobradores.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Isaías Cassemiro, disse que a suspensão da greve não finaliza as negociações. Os trabalhadores tentarão discutir a concessão de novo aumento.

Mato Grosso
O vice-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Mato Grosso, juiz Diogo José da Silva, determinou ontem que o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Terrestre do Estado coloque 50% da frota em circulação em Cuiabá e Várzea Grande.
Motoristas e cobradores das sete empresas que exploram o serviço de transporte coletivo nas duas cidades entraram em greve às 4h de anteontem. O juiz fixou multa de R$ 10 mil ao dia caso a ordem não seja cumprida a partir de amanhã.
Os trabalhadores reivindicam piso salarial de R$ 705 (motoristas) e R$ 420 (cobradores). As empresas oferecem R$ 350 (motoristas) e mesmo percentual de reajuste (14,28%) para os cobradores.

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