São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Rapaz caminha 10 km até o trabalho

Operador de máquinas fica a pé

DA REPORTAGEM LOCAL

Como faz todos os dias, o operador de máquinas Marcos Augusto da Silveira, 26, saiu de Mauá (Grande São Paulo) ontem às 5h para ir ao trabalho, na Lapa (zona oeste de SP).
Normalmente ele pega um ônibus até a estação ferroviária de Mauá. Lá pega um trem e desce na estação Lapa. Com a greve dos ferroviários, teve de pegar em Mauá um ônibus especial da Expresso Brasileiro.
Pagou R$ 0,50 pelo ônibus municipal em Mauá e mais R$ 1,75 pelo especial.
Desceu no terminal rodoviário do Tietê e ia percorrer a pé o resto do trajeto até a estação Lapa do metrô.
O percurso é de aproximadamente 10 km. ``Não tenho outra alternativa. Esperei um ônibus durante meia hora, mas não consegui entrar em nenhum porque estavam superlotados", disse às 8h30, enquanto caminhava sobre a ponte Cruzeiro do Sul (zona norte).
O garçom José Ribamar Lima, 22, também teve que andar muito para chegar ao trabalho. Ele teria que caminhar dois quilômetros para chegar à churrascaria OK, na marginal Tietê (zona norte), onde trabalha.
Ele mora no Belém (zona norte) e costuma pegar o ônibus Lapa-Penha. ``O trânsito parou na marginal e eu desci do ônibus em frente ao Center Norte. Agora vou fazer o resto do caminho a pé", disse.
``O ônibus está muito mais lotado que o normal e o trânsito não anda", disse.

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