São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Cidade chega a ter 117 km de avenidas congestionadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 11/05/95
A foto de trânsito no viaduto Rangel Pestana saiu repetida nas páginas 3-1 e 3-4 da edição de ontem.
Cidade chega a ter 117 km de avenidas congestionadas
A greve de trens e metrô fez crescer o volume de congestionamento da cidade em 84,9% ontem de manhã. Às 8h, a CET registrava 117,6 km de avenidas congestionadas, enquanto a média dos dias normais é de 63,6 km.
O trânsito ficou lento em toda a cidade principalmente das 7h às 11h. Nos dias normais, o horário de pico ocorre das 7h às 9h.
Às 7h a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrava 45,4 km de vias com trânsito lento. Quatro horas depois, quando a situação começou a se normalizar, ainda havia 62,4 km de lentidão.
À tarde, o trânsito piorou a partir das 17h, quando o engarrafamento era de 71,9 km. Às 18h30, o congestionamento media 92,4 km nas principais avenidas.
Os maiores problemas foram registrados na avenida Francisco Matarazzo, ligação leste-oeste, elevado Aricanduva, ligação e radial Leste, nos dois sentidos da avenida Paulista, no sentido centro-bairro das avenidas Cruzeiro do Sul, Tiradentes, Prestes Maia e Santos Dumont.
A queda de um trólebus na praça Campo de Bagatelle (zona norte) complicou ainda mais o trânsito na região por volta das 17h30.
Às 19h30, a avenida Bandeirantes (zona sul) estava completamente parada.

Lotação
Donos de peruas e até de carros particulares comuns aproveitaram a greve para fazer lotações.
Uma lotação na estação Santana do metrô variava de R$ 1,00 a R$ 2,00. Valdir Esmério era um dono de Kombi que aproveitou a greve para ganhar dinheiro.
Funcionário da Telesp, ele cobrava R$ 2,00 por pessoa no trajeto entre Santana e a praça da República. ``Estou ganhando um dinheiro extra", afirmou.
Wagner Rodrigues, funcionário da prefeitura, levava dez pessoas, a R$ 2,00 cada, de Santana à praça da Sé, por volta de 6h30.

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