São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995 |
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Polícia acha erro e 'reduz' mortes em ação
CRISTINA GRILLO; DANIELA ROCHA
Segundo o delegado Mário Azevedo, 50, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos Contra Estabelecimentos Financeiros (DRRFCEF) e responsável pela ação, houve ``erro de contagem". Apesar de os laudos cadavéricos estarem prontos, o diretor do IML, Alexandre Maluf, disse que eles só seriam divulgados pela assessoria de imprensa da Polícia Civil. Até o final da tarde, a assessoria informava não ter recebido os laudos. Esses laudos permitem saber onde os tiros atingiram as vítimas. Um funcionário do IML, que pediu para não ser identificado, disse que os laudos são semelhantes aos das 13 vítimas da chacina ocorrida na favela em outubro de 94, quando a maioria das vítimas morreu com vários tiros na cabeça. As fichas policiais das vítimas, que informam sobre possíveis antecedentes criminais, também não foram divulgadas pela polícia. Repercussão O jornal norte-americano ``The New York Times" publicou ontem uma foto sobre as mortes na favela Nova Brasília. A foto, publicada em destaque no alto da página três, mostra um policial civil de costas, com um capuz e uma arma, vigiando oito corpos estendidos no chão. O título da foto é ``Batida policial fatal no Rio de Janeiro". A legenda afirma que os traficantes foram mortos em tiroteio contra a polícia. (Cristina Grillo) * Colaborou DANIELA ROCHA, de Nova York. Texto Anterior: Adolescente é acusado de crime Próximo Texto: Governo adota táticas militares Índice |
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