São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995 |
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Bolsa de Valores paulista tem alta de 3,86%
RODNEY VERGILI
O volume de negócios na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cresceu de R$ 184,8 milhões no dia anterior para R$ 215,6 milhões ontem, por causa da maior presença do dinheiro dos investidores externos no pregão. As declarações governamentais favoráveis à privatização da Escelsa e da Vale também contribuíram para criar o clima de euforia nas Bolsas. Os dados do BC indicando saldo cambial total positivo (entradas e saídas de dólares) próximo a US$ 500 milhões no acumulado este mês até o último dia 8 também foram considerados como satisfatórios pelos corretores de ações. O saldo de US$ 466,16 milhões neste mês até a segunda-feira passada reflete que as exportações estão superando as importações (US$ 291,79 milhões) e que as entradas de dólares no mercado financeiro superam as saídas (US$ 174,97 milhões). O mercado financeiro internacional está voltando a aplicar em títulos de instituições brasileiras. As dificuldades em cumprir seus compromissos pelo México ao final do ano passado tiveram efeito negativo sobre as colocações também de empresas brasileiras. A situação está se normalizando no mercado internacional e as empresas brasileiras voltam a captar no exterior. A Vale do Rio Doce realizou colocação de papéis no exterior e não teve dificuldade para fazer a venda dos títulos. O Unibanco anunciou ontem que concluiu colocação de US$ 100 milhões de eurobônus (papéis de colocação no mercado internacional) de prazo de um ano com juro de 10,30% ao ano para repasse aos clientes. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,158%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,68% ao mês, projetando rendimento de 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,74% ao mês, com rendimento de 4,30% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,8335%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 39% e 66% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: entre 13,5% e 14,5% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,91% ao mês, projetando rendimento de 5,22% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 82% e 147% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,13% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 3,86%, fechando com 40.654 pontos e volume financeiro de R$ 215,6 milhões. Rio: valorização de 3,0%, encerrando a 19.308 pontos e movimentando R$ 16,96 milhões. Bolsas no exterior Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.958,22 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.474,27 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,894 (compra) e R$ 0,895 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,897 (compra) e por R$ 0,899 (venda). ``Black": R$ 0,875 (compra) e R$ 0,885 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,885 (compra) e R$ 0,890 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,865 (compra) e R$ 0,905 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 1,57%, fechando a R$ 10,94 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 8 de maio foi positivo em US$ 291,19 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 174,97 milhões. O saldo total está positivo em US$ 466,16 milhões. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5893 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3718 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 83,53 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 383,60. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou a 4,29% no mês e para junho a 4,14% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 42.200 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para maio fechou a R$ 0,913 e a R$ 0,934 para junho. Texto Anterior: Fiat decide não reajustar preço dos carros Próximo Texto: Estrangeiros participam com 30% na Bolsa Índice |
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