São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995 |
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Rede Súbito é suspeita de sonegação
FERNANDO CANZIAN
A 2ª Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Polícia do Consumidor (Decon) deve indiciar esta semana os seis sócios da rede de restaurantes Súbito, sob a acusação de crime de sonegação fiscal. Qualquer estabelecimento comercial que forneça tickets aos consumidores no lugar de notas fiscais deve inscrever as caixas registradoras na Secretaria da Fazenda. "As lojas da rede Súbito tinham uma caixa inscrita na Fazenda e outra fornecendo tickets ilegalmente", disse Brisolla. A rede Súbito é controlada por duas empresas, a Sopar (Sociedade Participações Empresariais) e a Hedging-Griffo Participações. Os sócios que devem ser indiciados controlam a Sopar e a Heading-Grifo. São eles: Douglas Couri, sócio da rede de restaurantes de comida árabe Almanara, Maria Esmeralda Bertucelli, uma das controladoras do grupo Arisco, e Fernando Rosa Carramaschi, ex-presidente da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancor). Os outros são Oswaldo Benzenutti, José Leopoldo Figueiredo e Raquel Esteves Carvalhães, empresários do ramo de restaurantes, segundo seu advogado. Conforme a Folha apurou, a Delegacia Fazendária prendeu em flagrante na quinta-feira passada quatro gerentes da rede Súbito e apreendeu as caixas registradoras. A denúncia contra a rede chegou ao Decon através de uma carta anônima. O delegado pretende indiciar os seis sócios sob acusação de crime de sonegação fiscal e "possivelmente" por formação de quadrilha. O Decon ainda está levantando quanto pode ter sido sonegado em impostos com o uso das supostas caixas registradoras não inscritas na Fazenda paulista. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado na área de alimentação no Estado é de 8,4% sobre o valor da venda. Texto Anterior: Grupo dos EUA faz oferta para comprar Hotel Nacional Próximo Texto: Para advogado, há "abuso" Índice |
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