São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Expansão é fundamental para notebook

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira questão que um candidato a proprietário de notebook deve ter clara é sua necessidade, saber se precisa mesmo de um micro portátil.
Se trabalha só no escritório, um micro de mesa resolve. É mais barato, possui mais recursos, a tela tem melhor visibilidade e o teclado é mais confortável.
Agora, se a sua atividade profissional implica viagens, deslocamentos frequentes, necessidade de acesso a bases de dados e aproveitamento do tempo ocioso em aviões, aeroportos e congestionamentos de trânsito, o notebook será de grande ajuda.
Compre a máquina mais atualizada que puder pagar. E atenção: certifique-se de que você poderá melhorar seu notebook no futuro, apenas trocando partes dele -chip, disco rígido, tela etc. Assim, você estará protegendo seu investimento.
Acompanhe a seguir os principais requisitos de um portátil, de acordo com usuários e especialistas consultados pela Folha.
CPU - É o cérebro do computador. A maioria dos novos modelos já vem com processadores 486 e velocidades equivalentes às dos micros de mesa.
MEMÓRIA RAM - É onde funcionam os programas e arquivos em uso. Tem a forma de um pente e fica espetada na mesma placa da CPU.
Os notebooks costumam sair de fábrica com 4 Mbytes de RAM, mas o ideal é ter 8 Mbytes. Isso porque os novos programas, mais sofisticados, ocupam muito espaço dessa memória. Se dois ou três programas estiverem funcionando ao mesmo tempo, um micro com 4 Mbytes já se torna lento.
Para que o volume de programas não transforme a memória do seu notebook numa vaga lembrança, escolha um modelo que permita expandi-la, espetando mais pentes na mesma placa.
DISCO RÍGIDO - É o armário embutido do computador. Guarda todos os programas e arquivos, em uso ou não. Um disco de 250 Mbytes já é razoável -dá para guardar 500 livros de 500 páginas, cada uma com 1.000 caracteres.
TECLADO - Quem digita rápido e grandes volumes de informação deve optar por um modelo que disponha de teclas-padrão, com a mesma distância entre elas que num micro de mesa.
TELA - Deve ser a de melhor definição possível. Há monocromáticas e coloridas de matriz ativa ou passiva.
As passivas têm um único ângulo de visão adequado e, geralmente, o cursor desaparece quando o mouse é acionado.
Já as telas coloridas ativas têm ângulo de visão mais amplo, permitindo que várias pessoas vejam bem a imagem ao mesmo tempo.
Micros com tela de matriz ativa custam cerca de R$ 1.000 a mais. Na dúvida entre uma tela e outra, lembre que serão seus olhos que vão sofrer se a definição da imagem for ruim.
EXPANSÃO - Escolha o micro com mais chances de atualização. Dê preferência aos discos rígidos removíveis, que podem ser trocados por outros de maior capacidade de armazenagem de dados.
Verifique as possibilidades de conexão com monitor, teclado e mouse externos, acionadores de CD-ROM e impressoras. Esse é um fator de conforto para quem vai trabalhar com o portátil por um bom tempo sem mudá-lo de lugar.
Prefira os que têm duas entradas para cartões de expansão PCMCIA (leia texto nesta página).
BATERIA - Nunca dura tanto quanto diz o manual. Onde está escrito duração de quatro horas, leia uma e meia, duas horas.
Não que os fabricantes sejam uns mentirosos. É que o tempo máximo de duração prevê condições ideais de conservação de energia, como operação em ambiente bem iluminado e sem utilizar o leitor de disquetes.
GARANTIA - Quanto maior, melhor. Mesmo porque alguns modelos custam mais caro que um carro 0 km e o custo de reposição das peças é alto.
TRANSPORTE - Frágil por natureza, o notebook requer acomodações acolchoadas nas suas andanças. Uma boa sacola tiracolo evita danos ao micro e ao ombro que o carrega.

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