São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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Petrobrás começa a demitir grevistas hoje
FRANCISCO SANTOS
Em nota distribuída às 20h30 de ontem, a estatal diz que os funcionários que serão demitidos agiram ``em flagrante desrespeito às decisões do TST (Tribunal Superior do Trabalho)" e que eles contribuíram para prejudicar ``ainda mais a normalidade do abastecimento nacional de derivados de petróleo". Segundo o jurista Amauri Mascaro do Nascimento, os líderes sindicais têm estabilidade no emprego até um ano após o término do mandato sindical. Entretanto, eles podem ser afastados, serem submetidos a inquérito judicial para apuração de falta grave. Só então podem ser demitidos por justa causa. O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) já havia afirmado pela manhã em Brasília que os petroleiros que não voltarem ao trabalho poderiam ser demitidos. ``Não estou contando com esta hipótese. Mas se os petroleiros não voltarem ao trabalho, descumprindo determinação judicial, a empresa (Petrobrás) já está orientada a agir. Se for necessário, demissões acontecerão", disse. Diante da ameaça do ministro Raimundo Brito de demitir os grevistas, o presidente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Antônio Carlos Spis, disse que vai sugerir a demissão coletiva de todos os petroleiros como forma de retaliação. ``Este é um dos instrumentos que vamos adotar para fortalecer nosso movimento", afirmou Spis. O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, através de sua assessoria, que a continuidade da greve ``constituirá numa falta grave, com todas as consequências que isso traz". Segundo o porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, elas são várias, inclusive a demissão dos grevistas. Texto Anterior: CNBB busca candidato de consenso em Itaici Próximo Texto: Petroleiros vão manter greve Índice |
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