São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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Demora de Itamar desagrada Portugal
JAIR RATTNER
Para as autoridades portuguesas, é um sinal de que Portugal está sendo deixado em segundo plano pela diplomacia brasileira. Ao conceder o ``agreement" (consulta sobre a aceitação do nome), o governo português fez uma deferência especial ao ex-presidente brasileiro: foi o processo mais rápido da história da diplomacia portuguesa (foi aprovado no mesmo dia em que foi pedido). Até agora, Itamar adiou sua chegada a Lisboa duas vezes. O chanceler português, José Manuel Durão Barroso, procurou minimizar os atrasos. ``Aos amigos nós desculpamos, senão não seriam amigos", disse. A imprensa portuguesa informou ontem que Itamar ameaçou não ocupar o posto de embaixador em Lisboa quando ficou sabendo que a mulher do chanceler brasileiro, Lenir Lampreia, deu em abril uma festa sem sua licença na residência do embaixador em Lisboa e que teria tirado suas malas e roupas da suíte principal. Outro motivo de irritação seria o fato de Itamar ter ficado esperando pelo ministro Lampreia mais de 15 minutos no Itamaraty, quando foi tratar de assuntos ligados à viagem. Segundo o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Lisboa, embaixador Luís Henrique Pereira da Fonseca, não houve festa, apenas uma recepção com cerca de 50 funcionários da embaixada e do consulado. Segundo ele, as roupas de Itamar ainda não tinham chegado. Texto Anterior: CNBB inicia assembléia e discute sucessão Próximo Texto: Exame avalia se PC pode ser libertado Índice |
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