São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
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Câmara pede investigação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara pediu ontem ao Ministério Público do Rio de Janeiro que apure se houve excessos da polícia na operação em que 13 pessoas foram mortas na favela Nova Brasília.
``Os corpos foram retirados do local sem perícia e empilhados num caminhão de limpeza urbana. Queremos que o Ministério Público exerça o controle externo sobre a polícia", disse Nilmário Miranda (PT-MG), presidente da comissão.
Segundo ele, amanhã haverá uma reunião da comissão com a bancada do Rio para discutir a violência no Estado.
Miranda também entrou com uma representação no Ministério Público de São Paulo para apurar a denúncia, publicada pela Folha, de que Carlos Silva, 19, teria sido torturado pela polícia, em 25 de fevereiro deste ano.
O laudo da perícia da PM inocentou os policias. O deputado disse que o Ministério Público deve pedir uma perícia independente e ouvir o depoimento da vítima.
``O inquérito está se encaminhando para uma farsa", disse.
Brasília
A senadora Benedita da Silva (PT-RJ) defendeu ontem que a polícia do Rio use os armamentos utilizados pelos criminosos como referência para se equipar.
``A polícia tem que estar no mesmo nível de armamento que o bandido. Se os bandidos têm metralhadoras, a polícia deve ter também", disse Benedita, após participar da posse das novas integrantes do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
O ministro da Justiça, Nelson Jobim, que também participava da posse, disse que o governo federal pode enviar reforços policiais para o Rio nos próximo dias.
Jobim disse que pretende ter um encontro com o governador do Rio, Marcello Alencar, na próxima terça-feira.

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