São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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EUA vão sobretaxar importação do Japão
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A reclamação afirma que o Japão se recusa a abrir o seu mercado à concorrência da indústria automobolística norte-americana. O governo japonês negou que haja restrições e expressou confiança de que tudo se resolva em paz. O Japão é responsável por 40% do déficit da balança comercial dos EUA. Em 1994, o Japão teve superávit de US$ 65,7 bilhões com os EUA. O presidente Bill Clinton, de Moscou, autorizou o início da ação contra o japonês. Em Washington, o responsável pelo comércio exterior dos EUA, Mickey Kantor, fez o anúncio formal das medidas. Kantor não quis entrar em detalhes sobre que produtos vão receber tarifas adicionais de até 100%. Mas tem-se como certo que eles vão incluir automóveis, em especial os modelos de luxo. Também não foi divulgado o valor dos produtos que serão listados para a taxação adicional. As estimativas na semana passada eram de algo em torno de US$ 1,5 bilhão. Ontem, falava-se no Congresso numa quantia entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões. Kantor afirmou que os EUA não têm interesse em abrir uma ``guerra comercial" com o Japão mas que o seu governo tem de defender os interesses das indústrias e dos trabalhadores norte-americanos. Executivos das três grandes fábricas de automóveis do país - General Motors, Ford e Chrysler - saudaram a medida. As ações subiram nas Bolsas. A ação dos EUA contra o Japão será o primeiro grande teste da eficácia da Organização Mundial do Comércio, estabelecida em janeiro. O diretor da OMC, Renato Ruggiero, apelou aos dois países para resolverem suas diferenças por meio de negociação. EUA e Japão vêm negociando há 20 meses, sem sucesso. Texto Anterior: Chile quer acelerar ingresso no Mercosul Próximo Texto: Fiat lança modelo mundial no Brasil em 96 Índice |
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