São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Moda força novas mudanças na fotografia
ERIKA PALOMINO
Para se entender esta estética atual, é preciso olhar para os mais recentes hypes do gênero, nos 90. O enterro do glamour da década de 80 com a onda grunge trouxe junto a chamada fotografia realista ou naturalista, despojada e quase feia. Suas estrelas (ou antiestrelas): as modelos do tipo gamine, magrelas, teens, de ar perdido. Kate Moss, Amber Valetta, Emma Balfour e Stella Tennant são os nomes mais proeminentes. Depois, editoras de moda de todo o mundo acionaram a estética do fotógrafo austríaco Helmut Newton para embalar o glamour que começava a aparecer na moda -muito salto alto, uma atitude sexy e até agressiva da mulher. O tratamento da cor também mudou, abrindo espaço para a intensidade e a saturação. O fato novo da fotografia agora vem puxado pelas roupas. O ``glamourzão" está, de novo, no centro da moda, com o pé no retrô dos anos 40 e 50. Os riscos: roupas mais caras e com a tendência de atrair um público mais velho. O que se vê nas revistas internacionais (mesmo em campanhas publicitárias como Jil Sander), é o esforço de quebrar essas estruturas. As armas são poses de modelos com impressionante capacidade de mutação (como Shalom Harlow, Amber Valetta, Nadja Auermann e ainda Linda Evangelista), muito fundo branco (infinito), sutis tratamento das cores, cabelo desarrumado e maquiagem com variações do look natural. Os tops desta nova fotografia: Craig McDean, David Sims, Juergen Teller, o underground Wolfgang Tillmans e o camaleônico Steven Meisel. Olho neles. Texto Anterior: Professor italiano faz palestras sobre restauro Próximo Texto: CPI convoca compositores para depor na próxima terça-feira Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |