São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
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Las Vegas brilha na artificialidade do néon

<UN->MAURO ZAFALON
DO ENVIADO ESPECIAL AOS EUA

Las Vegas nasceu para o brilho. Pequeno povoado no sul de Nevada que abrigava mineradores no período da corrida ao Velho Oeste, viu o ouro desaparecer rapidamente.
A partir de 1931, com a liberação do jogo no Estado, a cidade começou a viver dias de glória.
Em 1946, com a inauguração do Flamingo, o primeiro hotel-cassino da cidade, o brilho ganhou tonalidade diferente, o do néon.
Dia e noite se confundem em Las Vegas. Nas ruas, a luz intensa e as cores fortes escondem a noite. Já nos cassinos, a luz é artificial para tornar o dia sem fim.
Tudo é feito para que o apostador esqueça a vida lá fora. Os cassinos, carros-chefe dos negócios locais, não têm janelas nem relógios.
Os cassinos são verdadeiros santuários da fantasia. Luzes coloridas cintilando por toda parte, dados rolando sobre as mesas e o tilintar das moedas caindo das maquinetas dão o tom do ambiente.
O público desses paraísos de néon são, na maioria, aposentados. Atraídos pelos preços reduzidos das diárias e da alimentação dos hotéis perambulam dia e noite pelos salões em busca de lugar para arriscar a sorte.
A ``cidade do pecado", como é chamada, atrai 20 milhões de visitantes por ano e movimenta US$ 13 bilhões com o jogo e outros serviços de lazer.
No ano 2000, Las Vegas espera receber 29 milhões de visitantes e receitas de US$ 17 bilhões com a indústria do jogo. A população atual é de 850 mil habitantes.
Las Vegas não é só jogo. Um passeio noturno pela ``Strip Area", região principal da cidade, vai mostrar a exuberância dos hotéis, todos fartamente iluminados, em forma de castelo e até de barcos. Uns têm grandes aquários, outros enormes fontes ou reproduzem a era greco-romana. O maior, o MGM, tem 5.005 quartos e custou US$ 1 bilhão.
Las Vegas é sinônimo também de esporte de emoção. A escolha pode ser saltar de uma torre de 52 metros (``bung jumping") ou percorrer as áreas desérticas ao redor da cidade.
Os esportes aquáticos no lago Mead, próximo à cidade, também são boa opção. Circundado por cânions e deserto, é o segundo lago mais visitado dos Estados Unidos. As principais atividades desenvolvidas são natação, canoagem e windsurfe.
(MZ)

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