São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995 |
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Polêmica no governo; Morreu de velho; Nada muda; Perdendo o gás; Cautela; Bagunça; Isto é incrível; Recuo; Coveiros do real; Enquanto isso... Polêmica no governo Não foram só os partidos que racharam no imbróglio do gás. Parte do governo quer manter a emenda como está. Mas a área econômica é contra. Quer derrubar o artigo que beneficia a Petrobrás e a OAS. Já está se mexendo. Morreu de velho A área econômica do governo começou ontem a articular, no Senado, a derrubada do artigo da emenda do gás que mantém os atuais contratos de concessão. É um seguro para o caso de a emenda passar inalterada na Câmara. Nada muda Na interpretação do Planalto, a emenda do gás não beneficia qualquer empresa. O argumento dos auxiliares de FHC é que a Constituição já assegura o direito adquirido nos contratos de concessão ganhos por OAS e Petrobrás. Perdendo o gás O imbróglio do gás trouxe um problema para o Planalto que vai além do caso em si. Sua estratégia de votação das reformas baseava-se em aprovar, antes, as emendas ``menos" polêmicas. Ou seja: faltam as ``mais" polêmicas. Cautela Eduardo Mascarenhas e Lima Netto, da comissão do petróleo, acertaram ontem com o ministro Raimundo Brito e a Petrobrás providências para segurar a votação em plenário até o final do mês. Depois do gás, não há clima. Bagunça O Congresso tinha uma comissão especial para discutir a emenda do gás. Dez sessões foram realizadas, e o principal ficou fora. O polêmico artigo que manteve as concessões entrou na última hora, em acordo de lideranças. Isto é incrível A Gaspart, do Grupo OAS, é o maior grupo privado do país atuando no setor que distribui gás canalizado. Mas a empresa não foi convidada nem ouvida pela comissão especial de deputados que teve de decidir sobre o assunto. Recuo O Planalto queria mandar de volta ao Congresso o veto da questão da TR nos empréstimos agrícolas com a ressalva de que a votação estava inconclusa. Sarney mandou dizer que não aceitava. O Planalto tirou as ressalvas. Coveiros do real Do secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, sobre a redução do déficit comercial: ``O Brasil vai melhor de balança que de coveiros". Enquanto isso... Os deputados José Thomaz Nonô (PMDB-AL) e Sandra Starling (PT-MG) fizeram requerimento para a Comissão de Relações Exteriores. Querem uma missão para "investigar `in loco' a situação dos diretos humanos na Bolívia". Próximo Texto: Primeirão; Voz do ex-dono; De passagem; Jogral; Agenda nordestina; Origem da alegria; Na ponta do lápis Índice |
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