São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995
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União leiloa bens para financiar Viva Rio

CYNARA MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A secretária-executiva do programa Comunidade Solidária, Anna Maria Peliano, anunciou ontem que o governo federal irá leiloar no fim de junho 17 imóveis da União para arrecadar recursos para o movimento Viva Rio.
O Viva Rio, um movimento da sociedade civil criado em 1993, indicará os projetos a serem beneficiados com o dinheiro arrecadado. Presidido pelo antropólogo Rubem César Fernandes, o movimento faz projetos na área social.
Os imóveis, todos desocupados e localizados no próprio Estado do Rio, estão sob a guarda da Secretaria de Patrimônio da União, pertencente ao Ministério da Fazenda. Segundo o secretário de Patrimônio, Hélio Jehrke, o leilão deve arrecadar de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões.
Entre os imóveis que serão leiloados estão dois apartamentos - um duplex na praia do Flamengo e um no Leblon (zona sul). Há ainda um prédio de dois andares na rua do Catete e cinco terrenos localizados na favela do Caju.
``Estes imóveis não são mais de interesse do serviço público", disse Jehrke. O governo também vai selecionar junto às prefeituras em todo o país outros imóveis pertencentes à União que serão cedidos para assentamento de famílias carentes e atividades comunitárias.
Ontem ainda, a secretária Anna Peliano e a primeira-dama Ruth Cardoso, presidente do conselho do Comunidade Solidária, anunciaram os 156 municípios que terão prioridade na primeira etapa do programa, conforme antecipou a Folha na última quarta-feira.
Segundo Ruth Cardoso, o primeiro objetivo do Comunidade Solidária, que reúne os projetos sociais do governo, é dar continuidade a ``programas emergenciais" como a distribuição de leite, cestas básicas e merenda escolar.
Ruth Cardoso afirmou que pretende ``viajar muito" pelo país, mas não vai atuar como "vigilante de plantão" cobrando a execução dos programas nos municípios considerados prioritários.
"Isso é o papel da sociedade", disse. Segundo a primeira-dama, a Rede Vida de televisão, ligada à igreja católica, será usada na divulgação dos programas do Comunidade Solidária.

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