São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995 |
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Grevistas podem se demitir
SHIRLEY EMERICK
A lista é encabeçada por um texto que explica as razões do movimento, seguida dos nomes dos grevistas que se demitem. Este documento -segundo diretores da FUP- vai ficar com os sindicatos dos petroleiros e será usado caso as demissões que a Petrobrás anunciou se concretizem. O pedido de demissão dos petroleiros só será entregue à Petrobrás depois que assembléias da categoria aprovem a decisão. Unidades do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro já registraram adesões de grevistas à lista. O comando de greve diz que a principal razão da paralisação é exigir o cumprimento de acordo assinado entre a categoria e a diretoria da empresa. ``Não é um movimento político, mas por reivindicações salariais", disse à Folha o presidente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Antônio Carlos Spis. O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) disse à Folha, através da sua assessoria, que ``as demissões são inegociáveis". Spis foi incluído na relação dos demitidos. Ele disse que a posição da empresa não afeta o movimento. ``É fruto da incompetência do governo em negociar'. ``Estamos tranquilos e contamos com o fortalecimento da greve". Para o sindicalista, a situação pode levar à demissão coletiva de até 40 mil funcionários. TST Os grevistas fizeram ontem o enterro simbólico do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Eles protestaram contra a decisão do tribunal, que julgou a greve abusiva. Somente o comando de greve participou da manifestação. Texto Anterior: Gás é racionado em várias cidades Próximo Texto: Estava tudo certo Índice |
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