São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995 |
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Estava tudo certo Estava tudo certo NELSON DE SÁ
Na descrição da Globo, ``desde as dez da manhã mais de 440 deputados já estavam prontos para votar, mas..." aconteceu alguma coisa e foi adiada a votação. A Globo não explicou que coisa foi essa. A Rede Brasil, do governo, saiu dizendo que o problema foi que ``surgiram boatos sobre algumas empresas que seriam beneficiadas" com a emenda do gás. Boatos nada. A explicação veio com o SBT, com a Record e a Bandeirantes: - A revelação de que a OAS, por uma subsidiária, e a Petrobrás Distribuidora seriam as grandes beneficiadas pela emenda caiu com uma bomba no plenário. Tanto foi assim que o líder do PFL, Inocêncio de Oliveira, até ele, reagiu com indignação na Bandeirantes: - A denúncia é muito grave e precisa ser analisada. Na Record, reagiu o líder dos petistas, Jaques Wagner, que semana passada votou em favor da emenda: - O problema é que se quer correr demais e vamos acabar atropelados pelo processo. Ou atropelados pelos lobbies -da empreiteira para uns, da estatal para outros. Inflação em queda Inflação em queda, anunciou Sérgio Chapelin na manchete do Jornal Nacional. Venha o escândalo que vier, até o escândalo na aprovação da primeira das suas sonhadas reformas, Fernando Henrique vai sempre poder contar com o inesgotável real. Foi assim na campanha, vai sendo assim no governo. Dona Ruth ``Dona" Ruth, como dizem a Globo e outras redes, lançou ontem o Comunidade Solidária para uma platéia dos ministros mais importantes. ``Para mostrar que o plano está funcionado", relatou a Manchete, ``dona Ruth fez questão de reunir seis ministros do governo". Pedro Malan, Adib Jatene, Clóvis Carvalho, todos talvez pensando em Sérgio Motta, o ministro que não compareceu, apareceram de cabeça baixa, calados e muito atentos ao que apresentava a primeira-dama, na cabeceira. Texto Anterior: Grevistas podem se demitir Próximo Texto: Covas deixa de priorizar saúde e segurança Índice |
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