São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995
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Convênio não reduziu crime

SERGIO TORRES

Em São Paulo
A nova iniciativa do governo do Rio é mais uma tentativa de combater a criminalidade no Estado, como foram a Operação Rio 1, já encerrada, e a Operação Rio 2, ainda em andamento.
Nenhuma dessas tentativas conseguiu, até agora, baixar os índices de criminalidade no Estado.
A Operação Rio 1 foi criada em convênio assinado em 31 de outubro do ano passado pelo então presidente, Itamar Franco, e o então governador, Nilo Batista.
O convênio previa a ação conjunta das polícias estaduais, Forças Armadas e Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas e o contrabando de armas.
A efetiva participação das Forças Armadas no combate à criminalidade não foi posta em prática antes do segundo turno da eleição.
O Exército subiu os morros pela primeira vez somente em 18 de novembro, três dias após a vitória de Marcello Alencar (PSDB) na eleição para governador.
Foram ocupadas as favelas Dona Marta, Pavão-Pavãozinho (zona sul), Mangueira, Turano e Andaraí (zona norte).
A seguir, a Marinha invadiu e ocupou por três dias o morro do Dendê, na Ilha do Governador (zona norte).
A partir do início do ano, os militares foram deixando as favelas. No Carnaval, em fevereiro, eles voltaram a policiar a cidade, mas não subiram os morros.
Em 29 de março passado, um novo convênio criou a Operação Rio 2, com mudanças em relação à anterior.
A Operação Rio 2 prevê a participação de militares na repressão ao crime organizado, mas, na prática, as Forças Armadas restringiram suas atuações a fiscalizações eventuais em ruas, aeroportos e baía de Guanabara.
As ações nos morros ficaram a cargo das polícias estaduais (Civil e Militar).

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