São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995
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Indústrias ocupam 86% da capacidade instalada

DA SUCURSAL DO RIO

A ocupação da indústria brasileira chegou em abril a 86% do total da capacidade de produção de todas as fábricas do país, segundo a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, divulgada ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Esta marca não era alcançada desde outubro de 1986, quando o parque industrial do país se preparava para o Natal do Plano Cruzado.
No Plano Cruzado houve forte aquecimento da economia em consequência do aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores e do congelamento de preços.
A sondagem da FGV mostra que todos os setores pesquisados acusaram expansão de atividades no mês de abril e perspectivas de continuação do crescimento no trimestre de abril a junho.
No primeiro trimestre do ano, houve saldo positivo de aumento da produção industrial de 6% entre as empresas pesquisadas, um resultado atípico, pois, nos últimos dez anos, o saldo médio foi de menos 16%.
Saldo, segundo o critério da sondagem, é a diferença entre os percentuais de respostas positivas e negativas às perguntas feitas pela FGV.
Para o segundo trimestre, a previsão é que nos bens de consumo final (produtos para serem vendidos no varejo) haja saldo de 35%; nos bens de capital (máquinas e equipamentos), 33%; materiais de construção, 32%; e nos bens de consumo intermediários (para serem transformados em produtos a serem vendidos no varejo), 37%.
Pelo terceiro trimestre consecutivo, a sondagem da FGV detectou 11% de aumento da mão-de-obra. Nos dois trimestres anteriores, os saldos haviam sido de 5% e 6%, respectivamente.

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