São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Para alunos, punição da reitoria foi uma injustiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado de defesa dos estudantes que foram punidos com suspensão, Arodi Ribeiro, foi procurado pela reportagem, mas não quis falar à Folha. Segundo ele, ``qualquer declaração pode conturbar o processo".
``Não podemos deixar o reitor mais chateado com os alunos", disse. Ele orientou seus clientes a também não darem declarações à imprensa.
Uma aluna do quarto ano, que não quis se identificar, punida com suspensão de 60 dias, disse que se sente injustiçada.
Y., do quarto ano de medicina, conta que apareceu em uma das fotos feitas pela universidade dando suco de groselha para um amigo. ``Eu não pratiquei nenhuma violência. Não sei por que isso foi logo acontecer comigo", disse.
Segundo ela, todos os alunos de sua turma participaram do trote. ``Não sei por que só alguns foram escolhidos", diz.
Sua colega de turma X., 20, concorda. ``Eu também participei do trote, apareci em várias fotos, mas não fui punida", diz.
Os estudantes que levaram o trote que ocasionou o processo acham que a punição é injusta. ``Nós fizemos até um abaixo-assinado pedindo que a medida fosse suspensa"', diz Jaime Cafani, 20.
Segundo o reitor, Paulo Ronca, os alunos escreveram esse abaixo-assinado pressionados pelos veteranos. ``Nessas horas sempre acontece coação", disse.

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