São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995 |
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Alta em supermercados é de 0,23%
MAURO ZAFALON
Com mais dinheiro no bolso, devido ao pagamento dos salários até o quinto dia útil de cada mês, os consumidores concentram suas compras neste período. Com isso, os supermercados diminuem o número de promoções. Nas semanas seguintes, quando o movimento cai, as promoções voltam. Apesar da elevação de 0,23% na semana, os preços ainda acumulam queda de 0,5% na última quinzena devido à redução de 0,72% de 26 de abril a 3 de maio. Nos hipermercados foi mantida a tendência de queda, com redução média de 0,41%. Na semana imediatamente anterior os preços tinham recuado 0,5%. Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. A pesquisa abrange os setores de alimentação, produtos de higiene e de limpeza. A alta na semana nos supermercados ocorreu devido ao aumento de preços nos produtos industrializados, enquanto os agrícolas mantiveram tendência de queda. Os produtos de higiene e de beleza lideraram as altas, com reajustes de 1,5%. As farinhas e alimentos enlatados vieram a seguir, com reajustes médios de 1,4%. Entre as quedas, as maiores ficaram para cereais (2,42%) e carnes (2,07%). A oferta maior de produtos agrícolas, devido ao término de safra, está derrubando os preços. Com isso, arroz e feijão chegam mais baratos à mesa dos consumidores. A maior oferta de boi gordo também está forçando a queda dos preços. Ontem, os melhores negócios conseguidos pelos pecuaristas estavam em R$ 21,50 a arroba, o menor preço desde junho de 94. As carnes custam 15,5% menos que no final de ano, mas ainda estão 20% acima dos preços praticados no início do Plano Real, em julho de 94. A queda dos alimentos continua derrubando o custo da cesta básica. Pesquisa do Datafolha nos supermercados de São Paulo mostrou redução de 2,57% nos alimentos básicos durante a semana. Tomate, arroz, carnes e feijão estiveram entre as principais quedas. A pesquisa de preços da cesta básica do Procon, em convênio com o Dieese, mostrou aceleração de 0,5% na semana. As pressões vieram de produtos de higiene e de limpeza. Texto Anterior: O VAIVÉM DAS COMMODITIES Próximo Texto: EXPORTAÇÕES; HOTÉIS; ARBY´S Índice |
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