São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Siouxsie & The Banshees mostra sua 'obra-prima' em shows no Brasil

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Siouxsie & The Banshees mostra sua `obra-prima' em shows no Brasil
O conjunto inglês Siouxsie & The Banshees volta ao Brasil para mostrar sua ``obra-prima". ``Sei que é cedo para dizer isso, mas `Rapture' foi criado com a idéia de que poderia ser nosso último disco", disse a cantora Siouxsie Sioux, vocalista do conjunto, em entrevista à Folha, por telefone, de sua casa em Paris.
O grupo se apresenta no próximo dia 22 de maio, no Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 011/252-6255, Pompéia). Os ingressos custam de R$ 25 a R$ 50 e já estão sendo vendidos para o público nas bilheterias do local.
A turnê mostra o disco ``Rapture", que acaba de ser lançado, com a participação do baixista e violinista John Cale na produção. ``Gosto dele porque resolve as coisas rápido. Odeio demorar para concretizá-las."
Além disso, ele ajudou o grupo a direcionar sua criação. ``Experimentamos um tratamento diferente para nossa sonoridade, um pouco para o lado mais lírico e melódico, dando um tom de angústia sem perder em agressividade."
Cale foi um dos fundadores do conjunto Velvet Underground, ao lado de Lou Reed.
O disco foi também uma busca individual. ``Queria criar um espaço só com sentimentos."
Siouxsie se diz aborrecida com a leitura da crítica, que divide sua carreira em uma fase punk e uma fase pop. ``Sempre fui pop. Não existe incompatibilidade entre fazer sucesso e ser agressivo."
Depois de 20 anos de carreira, Siouxsie não se cansa das turnês. ``O único problema é não sobrar tempo para mais nada." Apesar disso, ela integra o grupo Creatures, com o baterista da banda, Budgie. ``Já temos dois discos e fazemos shows nas brechas dos Banshees."
Admiradora do tango, Siouxsie diz ter gostado da América Latina. ``Os shows no Brasil foram ótimos, senti um entusiasmo inocente por parte do público que parece não existir mais."
Segundo ela, é isso que falta no atual cenário musical. ``O pop perdeu a inocência, virou um negócio e criou fórmulas que tornaram cômoda a criação."

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