São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995 |
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República da Dança experimenta coreografia sem personalismos
ANA FRANCISCA PONZIO
Neste segundo trabalho da companhia fundada ano passado, percebe-se que a coreógrafa obtém resultados a partir da contribuição individual de cada bailarino. Sem personalismos, o grupo se une não para buscar algo exatamente novo, mas para descobrir nuances mais densas dos movimentos e suas possibilidades cênicas. Quem sabe, esteja surgindo uma companhia de autor (ou autores) em que a imposição estética é substituída pela unidade gerada pela participação conjunta. Sem temer o risco, o República da Dança aposta no sucesso, mas não se apóia em fórmulas fáceis, pelo menos no que diz respeito à estruturação coreógrafica de seus espetáculos. Nesta procura de diferentes articulações de vocabulário, a coreografia de ``Mar Dito Mar" ainda se ressente de certa dinâmica teatral. Depois de um começo promissor, algumas cenas se arrastam sem retomar ritmo. Colaborando, há a música monocórdia e a iluminação que torna difusos demais os contornos de corpos que parecem ambientados num fundo de mar. Os bailarinos se saem bem ao utilizar a voz ou tocando instrumentos de percussão. Mas o apelo à brasilidade surge mais como adereço do que como elemento integrado ao espetáculo -detalhe que no espetáculo anterior, ``Forró for All", foi melhor resolvido. Dança: Mar Dito Mar Grupo: República da Dança Onde: Teatro Sérgio Cardoso (r, Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central), tel. (011) 288-0136 Quando: hoje (21h) e amanhã (19h) Preço: R$ 15,00 3 R$ 20,00 Texto Anterior: Carlton Dance aposta em nova coreógrafa Próximo Texto: A Carmen Mayrink devia ser tombada! Índice |
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