São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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Tribunal de Justiça também sofre denúncias

DA SUCURSAL DO RIO

Nem mesmo o desembargador Antonio Carlos Amorim, que ganhou projeção com a condenação pelo Tribunal de Justiça do Rio dos grandes bicheiros do Rio (1993), está livre de acusações que hoje desgastam o Judiciário.
O jornalista Janio de Freitas revelou na Folha, com antecedência de 36 dias, que a empreiteira Sergen venceria licitação para obras de reforma e construção de um prédio anexo ao tribunal, então presidido por Amorim.
Em abril último, o subprocurador Paulo Sollberger pediu ao STJ o arquivamento de uma queixa crime contra desembargadores do TJ -entre eles Amorim- que foram à Copa do Mundo nos EUA com despesas pagas pela Confederação Brasileira de Futebol. Na época, a CBF tinha mais de 60 processos de seu interesse no tribunal.
Amorim nega as denúncias: ``A proposta da Sergen era a melhor e mais barata. Quem me garante que o Janio não apostou em outras empreiteiras com anúncios cifrados?" A revelação de Janio de Freitas foi feita explicitamente em sua coluna e não de forma cifrada.
Para Amorim, o controle externo seria ``um golpe" na democracia, porque os juízes ficariam à mercê de escritórios de advocacia. Ao final do mandato, ele levou para seu gabinete sua filha Lúcia.

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