São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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"Gritar ajuda na hora H"

DA REPORTAGEM LOCAL

Liberar geral. Essa é a tese defendida pelas mulheres que deixam os pudores de lado e gritam para valer na ``hora H".
``Dependendo do local, acho que tem mais é que gritar, deixar extravasar tudo o que estamos sentindo", diz a apresentadora de TV Maria Paula, 24.
A secretária Júlia Botelho, 25, também gosta de poder gritar e falar alto enquanto transa.
``A pior coisa do mundo é ter que abafar o grito. Quando durmo na casa do meu namorado, tenho que segurar a onda porque a mãe dele dorme ao lado", diz.
Para Júlia, a situação mais difícil foi quando transou no banheiro da festa de uma amiga. ``Tive que me controlar ao máximo porque tinha uma fila do lado de fora. Em casa, pelo menos posso usar o travesseiro para tapar a boca e não dar bandeira."
Além de gritar, muitas mulheres gostam de falar palavrões e de serem xingadas enquanto transam.
``Não sei explicar por que, mas é bom dizer obscenidades enquanto transo. Acho que dá um toque de fantasia. A gente imagina que é outra pessoa. Eu falo besteiras, mas também gosto de ser xingada", diz Júlia.

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