São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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CDB de grande investidor rende 3,9% líquidos

Este mês, o segmento de aplicações de renda fixa (juros) deverá ser liderado pelo CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado.
A rentabilidade do CDB do dia 2 de maio que será resgatado em 1º de junho, com 30 dias corridos e 22 úteis, já está definida: 4,34% brutos. Com 10% do Imposto de Renda, a taxa líquida ficará em 3,91%.
A poupança, que não paga imposto, renderá 3,7633%.
A maioria dos fundos projeta rentabilidade líquida até inferior à da poupança.
Na média, os fundos de commodities projetam 3,75%, os de renda fixa 3,76% e os de renda fixa DI, 3,77%. O FAF deve render em média 3,38% e os fundos de curto prazo, 3,10%.
Na escolha dessas aplicações, leve em conta o seguinte:
1) o CDB que vai render 3,91% líquidos é aquele vendido a grandes investidores;
2) quantias abaixo de R$ 100 mil devem ir para a poupança, que também é uma aplicação prefixada (TR mais 0,5%) e garante remuneração idêntica a todos;
3) os fundos de renda fixa têm a desvantagem de ``aniversários" fixos a cada 28 dias corridos mas podem render um pouco mais, por exemplo, que os de commodities;
4) os fundos de renda fixa tradicionais refletem mais a taxa dos CDBs prefixados, enquanto os DI seguem a oscilação dos juros;
5) os fundos de commodities têm sua maior vantagem na liquidez diária (possibilidade de saque a qualquer momento) após 30 dias. A maioria tem característica de renda fixa, mas há também os que operam nos mercados futuros e envolvem algum risco;
6) o FAF e o fundo de curto prazo rendem menos, mas dão liquidez diária imediata, agora sem diferença na tributação;
7) o grande diferencial na rentabilidade das quotas dos fundos que rendem juros está nas taxas de administração, que variam de banco para banco.
Os analistas não recomendam dólar e ouro. Dólar, só para quem vai viajar logo para o exterior.

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