São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
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PT vai dar apoio a petroleiros; querosene para avião está no fim
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA AGÊNCIA FOLHA; DA REPORTAGEM LOCAL A direção do PT quer formar um movimento de apoio -possivelmente uma frente parlamentar- aos petroleiros em greve, segundo o líder do partido na Câmara, deputado Jaques Wagner (BA).Depois de uma reunião da Executiva do PT, anteontem em São Paulo, o presidente nacional do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, deu a entender que o objetivo é fortalecer politicamente a greve. Lula fez críticas à forma como o governo federal vem conduzindo o assunto. ``A postura do Fernando Henrique Cardoso é incompreensível. Não dar nenhum mecanismo de comunicação é deixar a greve ao deus-dará", disse. ``A tática do governo é vender para a opinião pública que a greve não é por aumento, que é uma greve política", afirmou Lula. A primeira ação para fortalecer a greve dos petroleiros ocorre às 16h de hoje, em São Paulo, quando Lula dará entrevista conjunta com a direção do movimento. A greve dos petroleiros, iniciada há 13 dias, foi julgada abusiva pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) na semana passada. Mas a maioria das refinarias do país permanece paralisada. Estoques em Cumbica Os estoques de gás de cozinha e de combustíveis produzidos pela Revap (Refinaria do Vale do Paraíba), terminam até quarta-feira, segundo o Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos. O presidente do sindicato, Celso Alves dos Santos, disse que a situação é mais grave quanto aos estoques de gás de cozinha e de querosene de aviação. O fim dos estoques do produto ameaça prejudicar o funcionamento do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). A Revap, terceira maior refinaria do país, está parada há 11 dias e é a única fornecedora do querosene de aviação. Os petroleiros fazem hoje pela manhã uma nova assembléia. Eles entraram em greve reivindicando o cumprimento de um acordo firmado com a Petrobrás em novembro de 94. A Repar (Refinaria Presidente Vargas) de Araucária (Curitiba) recebeu anteontem um carregamento de gás de cozinha e combustível da Arábia Saudita. Segundo o diretor-presidente da Repar, Jairo Mendes Weber, o volume de gás que chegou ao porto é de 923 mil botijões, ``o que dá para o consumo dos próximos 30 dias no Paraná e Santa Catarina". Anteontem, as distribuidoras do norte do Paraná continuavam sem estoque de gás de cozinha. Faltou gás nas cidades de Londrina, Apucarana, Maringá e Arapongas. Texto Anterior: Procuradoria investiga sumiço de créditos Próximo Texto: Folha promove debate sobre Lei de Patentes Índice |
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