São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
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Uma luz nas trevas Em 1982, o movimento sindical fervia no ABC paulista, e os líderes dos metalúrgicos criavam táticas para impulsionar as greves na indústria automobilística. Um dos artifícios para dobrar a resistência dos ``fura-greves" era o ``arrastão": um grupo saía pela fábrica batendo panelas, fazendo algazarra. Com essa pressão, ia esvaziando os postos de trabalho ainda ocupados. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, era então vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos. Vicentinho comandava uma greve na fábrica da Mercedes-Benz, uma empresa que se notabilizou por admitir empregados com deficiências físicas em alguns setores. Num destes lugares, a seção onde são colocados frisos nos caminhões, o arrastão encontrou um funcionário trabalhando. Surpreendido por Vicentinho e sua turma, o metalúrgico se safou como pôde : começou a tatear pelas mesas e foi saindo, fingindo-se de cego. Texto Anterior: Lei das compensações; Hora da revanche; Outro orçamento; De longe; Fumaça; No campo; Contra-ataque Próximo Texto: Manifestações da CUT são fascistas, diz Leôncio Martins Índice |
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