São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
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Leia o texto da Executiva A seguir, a íntegra do documento divulgado pela Comissão Executiva Nacional do PT, às 18h de anteontem, sobre o caso envolvendo o suposto desvio de comportamento dos deputados federais José Genoino e Eduardo Jorge, ambos de São Paulo: A Comissão Executiva Nacional (CEN), reunida com os deputados José Genoino Neto e Eduardo Jorge, em representação da corrente interna ``Democracia Radical", tem a informar o seguinte: 1) As duas vagas que, pelo critério da proporcionalidade, correspondem à ``Democracia Radical" na Executiva Nacional serão preenchidas brevemente, segundo comunicaram seus representantes; 2) Foi constatada a persistência de divergências em relação à tática atual do PT, sendo reafirmadas pela Executiva as funções adotadas pelo Diretório Nacional (DN) e pela bancada federal. A próxima reunião do DN, nos dias 20 e 21 de maio, permitirá o aprofundamento da questão; 3) Frente às críticas da Executiva a pronunciamentos e iniciativas de companheiros da ``Democracia Radical", foi esclarecido que: a) Em nenhum momento os parlamentares da ``Democracia Radical" encaminharam ou votaram contra as orientações democraticamente estabelecidas pelo PT. E afirmaram que esta linha de conduta será mantida no futuro. b) Não há qualquer disposição por parte da ``Democracia Radical" de confrontar com o PT ou com o Diretório Nacional. c) Os parlamentares reiteraram que nunca apoiaram nem pretendem apoiar o governo Fernando Henrique Cardoso, esclarecendo que, contrariamente ao noticiado, sua participação em reuniões com parlamentares de outros partidos não configura formação de bloco político, menos ainda articulação paralela à bancada do PT no Congresso Nacional. 4) A respeito da emenda sobre a Previdência Social, de autoria do companheiro Eduardo Jorge, ficou estabelecido que, diante da disposição do deputado em mantê-la, caberá ao Diretório Nacional buscar a solução política para a situação criada. Tanto mais que a bancada do PT vem elaborando uma proposta alternativa à proposta governamental. 5) A reunião da CEN com os companheiros da ``Democracia Radical", marcada por um debate respeitoso que não escamoteou divergências, desmente versões que tentavam caracterizar o encontro como um processo de julgamento e punição. 6) A Comissão Executiva reafirma a condição do PT como um partido democrático, pluralista, que busca a unidade de ação de todos os filiados, garantindo a expressão das minorias em todas as suas instâncias. São Paulo, 13 de maio de 1995 Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores Texto Anterior: PT recua e desiste de punir deputados Próximo Texto: Juro eleva dívida em US$ 1 bi a cada 70 dias Índice |
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