São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995
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Para especialista, estado é de 'quase morte'

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O engenheiro de alimentos Freddy Rivera, professor da Universidade Federal da Paraíba, afirmou que Fernando de Souza Júnior está ``quase morto".
``Nas condições em que o garoto se encontra, ele está quase morto", disse Rivera.
Para o especialista, qualquer outra doença que o menino vier a contrair, como uma pneumonia, por exemplo, ``será fatal".
Segundo ele, esse tipo de desnutrição estanca o crescimento da criança, devido à falta de alimentos. Também faz com que o organismo não tenha condições de criar sensações como a fome.
``A desnutrição crônica e severa faz com que a criança perca a vontade de comer", disse o professor.
Rivera disse que é difícil reverter a situação. Segundo ele, será preciso um tratamento demorado, à base de dieta alimentar, para que o menino pelo menos volte a ter um funcionamento normal do organismo.
O café que Fernando Júnior gosta de tomar não alimenta e serve apenas como estimulante, afirmou Rivera.
Segundo ele, a dieta alimentar a que o menino precisa se submeter deve contar com uma quantidade pequena de vitaminas e proteínas.
O aumento dessa quantidade deve ser gradativo e permanente, segundo Rivera, até que o garoto possa consumir em média 1.900 quilocalorias (energia química contida nos alimentos).
Rivera afirmou que 1.900 quilocalorias é a quantidade de energia que crianças em idade escolar deveriam consumir diariamente, para nutrir o organismo e ter um desenvolvimento físico satisfatório.

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