São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995 |
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'Briga' barra reforma, afirma Luís Eduardo
DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente da Câmara dos Deputados, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), disse ontem que o governo só conseguirá prorrogar o FSE (Fundo Social de Emergência) se superar suas ``divergências internas" e enviar ao Congresso seu projeto de reforma tributária.``Primeiro tem de parar a briga do Serra com o Malan", afirmou o deputado. Os ministros José Serra (Planejamento) e Pedro Malan (Fazenda) têm divergências em relação a projetos para mudar a estrutura de impostos do país. A tendência dos deputados, segundo Luís Eduardo, é de rejeitar o FSE caso o governo não envie um projeto de reforma tributária. ``O governo não tem unidade interna para montar a reforma tributária. Se ele quer a prorrogação do FSE, tem de mandar o projeto da reforma no segundo semestre", afirmou. O deputado declarou ser contrário à volta do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras), defendida pelo ministro da Saúde, Adib Jatene. ``Sou contra aumento de imposto e qualquer vinculação", disse. Jatene quer amarrar a arrecadação do IPMF, conhecido como imposto sobre o cheque, aos investimentos no setor de saúde. Segundo o presidente da Câmara, dificilmente o governo vai aprovar no Congresso a principal mudança que gostaria de ter na estrutura tributária: transferir para a União parte da arrecadação de Estados e municípios. ``O máximo" que o governo pode conseguir, segundo ele, são simplificações no sistema de arrecadação, algumas desvinculações, a desoneração das exportações e a transferência de alguns encargos para Estados e municípios. Jatene O ministro Adib Jatene disse ontem que, sem complementação orçamentária para sua área, ``os hospitais filantrópicos do país quebram". Segundo o ministro, vai ser instalada hoje no Câmara uma comissão especial para discutir o assunto, presidida pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Câmara deve tirar artigo que favorece OAS Próximo Texto: Impasse com Genoino não está encerrado Índice |
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