São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Câmara deve tirar artigo que favorece OAS

MARTA SALOMON; DANIEL BRAMATTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso acertou com líderes governistas que a reforma constitucional não deve conceder nenhuma garantia às empresas que hoje dispõem de concessões para distribuir o gás canalizado.
A emenda constitucional que acaba com a exclusividade das empresas estatais na exploração desse setor será submetida hoje ao segundo turno de votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Determinado a salvar a emenda da quebra do monopólio do gás e, ao mesmo tempo, pôr fim à suspeita de favorecimento da OAS e da BR Distribuidora (que atuam junto com as estatais do gás em vários Estados), o comando político do governo desistiu de manter o texto aprovado em primeiro turno na Câmara, há duas semanas.
Pelos cálculos dos líderes governistas, a emenda do gás será aprovada hoje com cerca de 360 votos -a base de apoio do Palácio do Planalto na Câmara.
O líder do governo, deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), disse que o polêmico dispositivo é ``literalmente inócuo".
O líder do PSDB, José Anibal (SP), disse que a decisão pela retirada do artigo já ``é unânime".
Durante almoço com empresários em São Paulo, o vice-presidente Marco Maciel não quis comentar a votação, mas ele fez questão de dizer que a proposta original do governo não previa a manutenção dos direitos das concessionárias.

Colaborou a Reportagem Local

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