São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Distribuidora não recebe gás há 5 dias

Regiões norte e central de SP são as mais prejudicadas

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

As regiões norte e central de São Paulo são as mais afetadas pelo desabastecimento de gás na cidade. Nestas regiões, várias distribuidoras não recebem botijões há mais de cinco dias.
No depósito de gás da Ultragaz da Consolação, os botijões não são entregues desde quarta-feira da semana passada. Segundo Antônio Alecrim, 24, encarregado do depósito, não há mais previsões para recebimento de gás. ``Agora só teremos gás quando acabar a greve", afirma.
Nas distribuidoras que ainda possuem gás, as filas se formam desde as primeiras horas da manhã. No posto da Ultragaz do Ipiranga, é possível comprar um botijão por pessoa.``Hoje fomos reabastecidos com a chegada de caminhões que estavam em tráfego durante o final de semana", afirma Carlos Machado Filho, 51, superintendente de relações institucionais da Ultragaz.
Segundo Machado, a situação ainda é crítica. ``Estamos operando com 50% da nossa capacidade e não sabemos até quando poderemos manter esta distribuição".
Na Copagaz estão sendo vendidos cerca de 1.500 botijões por dia. Segundo o gerente-comercial Vicente Longatti, 28, foram distribuídas senhas na portaria para evitar a compra de grandes quantidades de botijões. ``Mesmo assim houve tumulto e muita confusão". Gás canalizado
A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) afirma que o abastecimento residencial e comercial de gás natural canalizado não será reduzido. Segundo a companhia, apenas o setor industrial está sendo afetado pelo racionamento.
A Comgás informou que diminuiu de 40% a 100% o fornecimento de gás para as indústrias. Entre as empresas que tiveram cortes no abastecimento estão a Petroquímica União, Polibrasil, General Motors e Klabin.
Combustíveis
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), não há previsão de racionamento de combustíveis nos próximos 15 dias.

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