São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Recap, de Mauá, adere a greve

DA AGÊNCIA FOLHA; DOS REGIONAIS

Os petroleiros da Recap (Refinaria de Capuava), de Mauá, resolveram paralisar parcialmente a produção. A unidade responsável pela produção de gás de cozinha foi totalmente paralisada.
A Recap e a refinaria de Betim (MG) eram as únicas que ainda não tinham aderido à greve.
A paralisação parcial foi decidida em assembléia realizada às portas fechadas às 10h na sede do sindicato da categoria.
Os petroleiros votaram pela greve por tempo indeterminado e pediram a liberação de 45 funcionários que estava trabalhando. A refinaria produz uma média de 40 mil barris por dia.
Os petroleiros de Pernambuco, por sua vez, decidiram ontem deflagrar uma ``operação padrão" para retardar as operações no porto de Suape (a 45 km de Recife).
Os trabalhadores passaram a exigir o cumprimento à risca de todas as normas para o embarque e desembarque de gás e derivados de petróleo.
Com a medida, disse o presidente do sindicato dos petroleiros, Eduardo Viana, 35, os navios deverão permanecer no porto pelo menos o dobro do tempo previsto.
Para o superintendente da Petrobrás em Pernambuco, Oswaldo Inojosa, a ``operação padrão em nada afeta os trabalhos".
Devido à greve, os estoques de gás de cozinha na Paraíba devem acabar hoje, segundo a Brasilgás, distribuidora na região.
No interior de São Paulo, a venda de botijão está limitada a duas unidades por pessoa, na tentativa de evitar maior desabastecimento.
Proprietários de postos de combustível em Jales, Santa Fé do Sul e Votuporanga, no interior de São Paulo, afirmam que conseguiram formar estoques preventivos e terão combustível para os próximos quatro ou cinco dias.
``Temos tanques cheios e poderemos fornecer combustível até sexta-feira ou sábado", disse Joaquim Ribeiro Dias, 48, de Fernandópolis (noroeste de São Paulo).
Em Catanduva (385 km a noroeste de São Paulo) os estoques de gás de cozinha estão esgotados desde quinta-feira.

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