São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Para especialista, atual modelo de arrecadação beneficia o sonegador

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A forma de arrecadação de impostos hoje no Brasil favorece a sonegação. A opinião é do coordenador de Estudos Tributários da Receita Federal, o economista Mauro Bogéa.
Ele e outros oito especialistas em assuntos tributários participaram, ontem, do primeiro dia do seminário ``Aspectos da Questão Tributária no Brasil", na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
O economista Fernando Rezende, professor da FGV e membro de um grupo de estudos de reforma tributária ligado ao governo, concorda que é preciso simplificar o sistema, mas defende: o problema central são os gastos públicos.
``O gasto com pessoal aumentou muito", exemplificou o economista. A arrecadação, em compensação, teria aumentado, segundo Rezende, para algo em torno de 28% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 24% da última década.
O economista e professor da Universidade de São Paulo Carlos Alberto Longo afirma que o governo deveria buscar o equilíbrio de caixa através de um orçamento realista e fixo para o ano todo.
Já o professor Paulo Nogueira Batista Jr. defende a redução das taxas de juros, que aumenta o custo da dívida interna.
O evento, que tem o apoio da Folha, é aberto ao público e continua hoje, na FGV (av. 9 de Julho, 2.029).

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