São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995 |
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Alencar defende remoção de favelas
AZIZ FILHO
``Acho que é uma favela que deveria ter essa solução porque ela é inviável para urbanizar, é uma escarpa muito violenta", afirmou. A dificuldade de combater traficantes no morro, considerado a mais íngreme do Rio, motivou o Exército a planejar a remoção. O morro Dona Marta fica ao lado do Palácio da Cidade, onde o prefeito despacha, e em frente ao 2º Batalhão de Polícia Militar. Tem cerca de 4.000 moradores. Alencar afirmou que a remoção de favelas não é prioridade de seu governo. ``Tem muita coisa na frente", disse, descartando a ação em favelas praticamente urbanizadas, como a Rocinha (São Conrado, zona sul), a maior do Rio. Uma das dificuldades para a remoção de favelas na zona sul seria a falta de áreas para construção de conjuntos habitacionais. ``Tem que botar (o morador) perto dali. É ali que ele tem emprego, sobrevive", disse Alencar, afirmando ter feito remoção de favelas ribeirinhas em condições de segurança precárias quando prefeito do Rio (1989-92). A proposta do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, de montar acampamentos para tirar favelados da linha de fogo entre policiais e traficantes, foi ironizada pelo governador. ``O forte do Betinho não é essa área", afirmou Alencar. ``Ele já ajuda muito na ação social." Alencar afirmou que vai pedir hoje no Rio ao ministro da Justiça, Nelson Jobim, a criação de um fundo com verbas para aprimorar o sistema de comunicação entre as polícias de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Espírito Santo. Alencar recebeu ontem no Palácio Guanabara (Laranjeiras, zona sul) o governador do Espírito Santo, Vitor Buaiz (PT), que concordou com a proposta. Próximo Texto: Três PMs são baleados Índice |
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