São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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TCE cobra análise sobre Carvalho Pinto

DA FOLHA VALE

O conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Eduardo Bittencourt Carvalho se reúne hoje com técnicos do tribunal para apressar a análise das informações sobre a interdição da rodovia Carvalho Pinto (entre Guararema e Taubaté, em São Paulo).
O TCE está investigando os motivos que levaram o Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) a interditar a rodovia.
O trecho da Carvalho Pinto entre o final da rodovia Ayrton Senna (antiga Trabalhadores) e o trevo de São José dos Campos (97 km a nordeste de SP) está interditado desde o dia 5 de abril.
O relatório com as informações sobre a interdição e sobre os gastos realizados na rodovia foram entregues pela presidência do Dersa na última sexta-feira e encaminhados ontem ao conselheiro.
Segundo Bittencourt, as informações fornecidas pelo Dersa foram encaminhadas ontem para a assessoria técnico-jurídica do TCE para serem analisadas.
Depois de analisados pela assessoria, os dados serão transformados em um parecer técnico e encaminhados ao conselheiro.
A Carvalho Pinto é um prolongamento da rodovia Ayrton Senna até Taubaté (134 km a nordeste de SP). Ela é a principal via de acesso de São Paulo para o litoral norte como alternativa à via Dutra.
Segundo o presidente do Dersa, Stanislav Feriancic, a rodovia foi interditada por causa de rachaduras no túnel do km 80.
A previsão do Dersa é de que as obras de recuperação sejam concluídas e o tráfego liberado no dia 14 de junho.
O conselheiro afirmou que a investigação sobre a interdição foi proposta ao TCE porque o Dersa não havia fixado prazo para liberação do tráfego na rodovia.
Feriancic afirmou na última sexta-feira que as obras de recuperação do trecho interditado da Carvalho Pinto vão custar cerca de R$ 2,5 milhões.
Segundo ele, o dinheiro será usado nas obras de fundação do túnel da pista esquerda no km 80, que nunca foi liberado ao tráfego, e na recuperação das rachaduras no túnel da pista da direita.
Segundo Feriancic, a rodovia foi interditada porque não havia como usar o túnel da pista da esquerda durante as obras de recuperação das rachaduras.
Segundo ele, foram encontradas cerca de 90 rachaduras no túnel.

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