São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995 |
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Empresários pedem ação do Exército em estradas
MARCELO MENDONÇA
Segundo Clésio de Andrade, presidente da CNT, isso permitiria que o Exército pudesse ser acionado para os reparos emergenciais nas estradas, que apresentam ``condições inaceitáveis de piso e sinalização". ``As empresas filiadas à CNT se dispõem a transportar gratuitamente homens e materiais nesse mutirão em conjunto com o Exército", diz Clésio de Andrade. Segundo ele, as principais rodovias federais brasileiras apresentam péssima sinalização em sua maioria, e quase metade da extensão dessas estradas apresenta piso ruim ou péssimo. O descuido com a conservação dessas rodovias é um dos principais responsáveis pelos 67.702 acidentes ocorridos em 1994, segundo dados do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. A situação foi verificada pela CNT num levantamento feito de janeiro a abril deste ano. Cerca de 150 motoristas e fiscais de empresas de transporte participaram do projeto. Segundo o presidente da CNT, a entidade queria ter um quadro da condição das estradas ``sob o ponto de vista do usuário". Daí a idéia de treinar motoristas para que avaliassem, segundo alguns critérios, a condição dos trechos que percorrem com frequência. Foram pesquisadas dez estradas que, apesar de representarem 24% da malha rodoviária federal, concentram 80% do tráfego em rodovias conservadas pela União. As dez são: Belém-Brasília; Rio-Brasília; Brasília-São Paulo; Curitiba-Porto Alegre; Dutra (São Paulo-Rio); Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte); Rondônia-São Paulo; Régis Bittencourt (Curitiba-São Paulo); Rio-Bahia; e Salvador-Rio. No total, 78,3% das rodovias pesquisadas tinham sinalização péssima ou ruim, e 44,46% tinha piso nessas duas classificações. Clésio de Andrade disse que as verbas que o Planalto recentemente anunciou para a recuperação das estradas ``não vão resolver o problema, que é emergencial". Texto Anterior: Grupo invade banco e vigia mata ladrão Próximo Texto: TCE cobra análise sobre Carvalho Pinto Índice |
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