São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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ONU ordena que forças de paz evitem riscos na guerra da Bósnia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As tropas da ONU em Sarajevo, a capital da Bósnia-Herzegóvina, receberam ordens de não se arriscarem em choques com os dois lados em conflito.
"Não quero aceitar mais feridos", disse Hervé Gobilliard, o comandante francês das tropas da ONU na cidade, enviadas para monitorar o cerco dos sérvios à população majoritariamente muçulmana, que já dura três anos.
No mês passado, ataques resultaram na morte de um soldado ucraniano e dois franceses. Outro soldado francês foi ferido na semana passada.
Restrições sérvias à presença da ONU na cidade e a recusa da ONU em aceitar apoio militar da Otan (a aliança militar ocidental) para retaliar ataques sérvios levaram os comandantes militares a pedirem uma revisão de seu mandato.
O secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, disse na semana passada que a ONU deve rever seu papel na guerra.
Até que isso aconteça, as tropas francesas, que já perderam mais homens que qualquer uma das outras que compõem as forças da ONU, receberam orientação de não fazer nada.
No fim-de-semana, se recusaram a recuperar o corpo de um homem morto perto do front em Sarajevo. Os chanceleres francês e inglês disseram ter "esperanças" nos esforços internacionais de paz.
Negociações estão emperradas porque os sérvios se recusam a aceitar um plano de paz que divide a Bósnia ao meio: metade para os sérvios, metade para uma federação muçulmano-croata.

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