São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995 |
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Menem promete retomar as Malvinas
SÔNIA MOSSRI
Por volta de meia-noite de domingo, Menem afirmou que o retorno das ilhas Malvinas para os argentinos integra seu programa de governo no seu segundo mandato, que vai de 8 de julho de 95 a 8 de julho de 99. Na década passada, Argentina e Reino Unido guerrearam pela posse das ilhas. A Argentina perdeu. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido não gostou da afirmação de Menem, feita durante entrevista a mais de 200 correspondentes estrangeiros. O governo britânico divulgou nota oficial afirmando que a soberania das ilhas Falkland, como os ingleses chamam as Malvinas, não é negociável. A embaixada britânica em Brasília também protestou: ``Não é a primeira vez que Menem afirma isso. Nossa posição não é de arrumar problemas, mas continuamos achando que as ilhas Falkland são território soberano britânico", disse Peter Jenkins, encarregado de negócios da embaixada. O próprio Ministério das Relações Exteriores argentino não gostou das declarações de Menem. Elas ocorrem quando os países negociam a exploração conjunta de derivados de petróleo nas ilhas. A Yacimientos Petroliferos Fiscales e a British Gas discutem a exploração de gás nas Malvinas, com investimentos iniciais de mais de US$ 100 milhões. A chancelaria argentina avalia que a melhor estratégia diplomática em relação ao Reino Unido sobre o tema é discutir primeiro negócios, antes da soberania política. As Malvinas constituem um conjunto de ilhas que se localiza no sul da América no Sul. Tem cerca de 2.000 habitantes. Em 82, durante a ditadura militar, o presidente Leopoldo Galtieri iniciou uma guerra para recuperar as ilhas. O conflito durou mais de dois meses e a Argentina capitulou em 14 de junho do mesmo ano. Desde novembro de 94, quando iniciou campanha rumo a um segundo mandato, Menem repete que devolverá as Malvinas aos argentinos até o ano 2000. Ele chegou a propor indenizações para os habitantes da ilha. Colaborou a Sucursal de Brasília LEIA MAIS Sobre a eleição argentina à página seguinte Texto Anterior: França solta médico do escândalo do sangue; Policiais britânicos dispensam revólver; Reino Unido prende enfermeira suspeita; Exército dos EUA expulsa capitão; Peru mata 20 do Sendero Luminoso; 'Serial killer' se mata em cadeia da Suíça; Búlgaras continuam em estado crítico; Berlim permite obra no local do bunker; Secretário da Otan depõe outra vez; Aviões de Israel sobrevoam Beirute Próximo Texto: Menem visita túmulo do filho Índice |
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