São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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Time tem poucas chances na Libertadores, acha Espinosa

Técnico se diz 'traído' e ataca mentalidade de dirigentes

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Valdir Espinosa criticou ontem, no Lord Hotel, em São Paulo, a diretoria do Palmeiras. "Pedi reforços várias vezes e não fui atendido."
Disse se sentir traído pelos dirigentes de futebol do clube, que "responsabilizam os técnicos pelas derrotas."
Em entrevista à Folha, Espinosa falou sobre sua saída do clube.
(JCA)

Folha - O que aconteceu para você deixar o Palmeiras?
Valdir Espinosa - Eu fui demitido. Estranhei a decisão da diretoria. Os diretores pediram para que eu priorizasse a Libertadores e nos classificamos para a próxima fase. Na Copa do Brasil, fomos eliminados, mas, no Paulista, estamos entre os sete que se classificam.
Folha - A Parmalat dizia achar importante manter o mesmo técnico por um período longo. O São Paulo está com o Telê Santana há quase cinco anos. Como você encara o fato de ter permanecido menos de cinco meses no Palmeiras?
Espinosa - O técnico é o primeiro a pagar o pato. Isto não é certo. E eu volto a dizer que é curioso o que acontece no Paulista. Esta fase não vale quase nada. Sete se classificam. E estamos entre os sete. Jogamos de acordo com o regulamento.
Folha - E suas críticas ao ataque do Palmeiras?
Espinosa - O time precisa de reforços. Mesmo quando contávamos com o Edmundo, já dizia que necessitávamos de mais um atacante. Quando fui para o Palmeiras, o objetivo era ganhar a Libertadores e o mundial interclubes. Mas a diretoria vendeu o Zinho, o Evair, o César Sampaio... Não dá para entender.
Folha - A suspensão do Edmundo atrapalhou o rendimento do time?
Espinosa - Sem dúvida. O Edmundo representa meio time do Palmeiras. É como o Flamengo jogar sem Romário.
Folha - O Palmeiras tem chances na Libertadores?
Espinosa - Sem contratar reforços, as chances são poucas. O Grêmio está muito bem.
Como foi seu relacionamento com o elenco?
Espinosa - Muito bom. Nunca tive problemas com ninguém. Tenho certeza de que eles não têm queixas.

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